Tanto os desenhos a carvão sobre papel, como as pinturas acrílicas executadas sobre madeira – sobre fundos de gavetas – e as assemblages estão datados de 2016/2017, e constituem, no seu conjunto, um respeitável tributo e uma chamada de atenção para a necessidade urgente de proteger a vida selvagem que tem vindo a ser paulatinamente devastada pelo ser humano em qualquer latitude do nosso planeta. Os protagonistas destas obras de arte são sempre animais; rinocerontes, elefantes, insectos, salamandras, lebres, macacos, entre tantos outros, observam-nos e interpelam-nos silenciosamente do fundo da sua nobreza e simplicidade incontornáveis.

TERESA LACERDA, nasceu em 1947. Vive e trabalha em Lisboa.
Em 1964 concluiu o Curso de Pintura na Escola António Arroio e em 1991 o Curso de Cenografia no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem realizado regularmente exposições individuais de pintura, de entre as quais destacamos, a título de exemplo, as mais recentes: em 2014, “Bestiaire” e “Pingos de Chuva”, esta última na Galeria Diferença e, em 2012, “30×30” e “Painting and Sculpting with Pedro Ramos”, em Sintra.
Paralelamente, desenvolveu, entre 1974 e 2010, na Galeria De Natura, em Lisboa, trabalhos de pintura e criação noutros materiais, com especial incidência temática no cruzamento de culturas, sobretudo de África, Médio Oriente e Ásia. Desenvolve desde o início da década de 70 do século passado actividade cenográfica para Teatro, Bailado e Cinema.